Foto: Giselle Flissak (@giselleflissak)
A Meditação dos Três Lugares tem uma qualidade dinâmica, sem a necessidade de estabelecermos um foco rígido em algum objeto (como a respiração, por exemplo). No encontro do Circoluz de junho (03/06/24), fomos lembradas que a base é uma chave que abre um segredo. E a base está disponível o tempo todo: nos nossos pés, no contato dos nossos quadris com a cadeira, a cada exalação. Na vida, somos chamadas “para cima” o tempo todo — na meditação, imaginamos que é necessário “alinhar a coluna” antes de qualquer coisa.
Aqui, o convite é outro: vá para baixo. O profundo ganha o alto sem esforço.
“A gente se coloca em pé de manhã cedo, e a gente está o tempo todo se jogando para cima. Se jogando para cima. Fique em pé! Fale! Vá! Por isso que a meditação é difícil, porque o primeiro convite é: vá para baixo. Se você não for para baixo, você não vai ficar. Se você não for para baixo, você vai sentar para meditar, e um minuto depois você levanta. Se não levantou fisicamente, vai surgir uma coceira interna: a consciência no espaço mental vai ficar agitada porque ela tem várias coisas nas quais ela pensa e com as quais se sente comprometida (…) Não tem nada que você, na meditação dos três lugares, localize, que não seja uma qualidade sutil interna. A gente pode passar três meses numa meditação onde nós queremos nos familiarizar com a base, porque o resto vem: o profundo ganha o alto sem esforço”
Sobre o Circoluz:
O Circoluz é um espaço de reunião para contemplações e práticas relacionadas ao SILÊNCIO e ao MOVIMENTO lúcido e lúdico na vida. O grupo de acompanhamento se reúne mensalmente, nas primeiras segundas-feiras do mês, sob orientação de Márcia Baja, com mediação de Bruna Crespo.
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